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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Qual preço você quer pagar?

Nesse período de inverno aqui no sul fica muito claro quem está disposto a pagar o (caro) preço para cuidar da saúde e da estética corporal. Muitos indivíduos arrumam desculpas para faltar treinos: o frio atrapalha ou a chuva está demais, sem contar que ainda aumenta o número de doenças naturalmente relacionadas ao frio.

Mas vamos lembrar que cuidar do corpo é como um financiamento de carro, mas para a vida toda. Você tem que pagar as prestações semanalmente. Assim como comprar um carro, você pode escolher entre um mais barato e um modelo de luxo. Se você quiser apenas um carro popular, sem acessórios, com pouco ou nenhum conforto, sua prestação será baixa, assim como se você escolher melhorar levemente a sua composição corporal, aumentar um pouco a sua força e condicionamento geral. O preço não é tão caro, mas mesmo assim você deve honrar com seus compromissos.

Se você deseja um upgrade no seu carro, você investe alguns mirreis a mais mensalmente e consegue um modelo com ar condicionado, vidros elétricos e bicombustível. Seria o equivalente a passear na praia e outras pessoas notarem que você é uma pessoa fisicamente ativa, mas não é nenhuma sereia ou marombado, além do seu check up de exames anual apresentar bons índices de saúde. Para isso você precisa treinar uns dias a mais na semana e se alimentar de forma balanceada, evitando os excessos mas ainda desfrutando de boas jantas e de boa bebida.
No entanto, se você quer um modelo de luxo, importado, com aquecedor no banco, motor potente, ar condicionado com aroma de morango, GPS, blu-ray e uma secretária formosa massageando as suas costas enquanto você dirige, assim como se você quer uma bunda dura e sem celulite, uma cintura de violão, um abdômen com seis gomos visíveis, um braço definido e ainda ter excelentes indicadores de saúde associados, você precisa pagar o preço por isso. Ou você nasceu em berço de ouro (e tem uma genética de escultura) pra comprar esse baita carro, ou você vai ter que trabalhar muito e ganhar muito bem, equivalente a treinar SEMPRE e com muita intensidade, passar vontade (muita, muita e mais um pouco)  na hora de comer, evitando as comidas mais saborosas que você conhece (e não apenas em um sábado, mas por vários meses ou anos, experimentando essas delícias apenas esporadicamente), suplementar e pagar um bom treinador, uma boa academia e um bom nutricionista.

Nada vem de graça. Nada vem do dia para a noite. Nada vem fácil. Se você quer uma mudança drástica na sua saúde e no seu desenho corporal, você terá que pagar o caro preço do esforço contínuo. Se você não consegue pagar esse preço, pode se contentar com o "carro mediano", mas não chame quem consegue de bitolado ou fútil, assim como quem tem o "carro de luxo" não vai desdenhar de quem (por opção) não quis pagar o preço elevado da mudança.

Ter disciplina para se alimentar e treinar direito é uma questão de esforço, escolha e de persistência nesse esforço e escolha. Se você optar por uma vida social mais agitada, perfeito. Apenas não exija o máximo de conforto do seu modesto carro. 

Lembrando: quem quer fazer algo, arruma uma maneira. Quem não quer, arruma uma desculpa!

Bons treinos!

14ºC, regata colada e 26 cm de braço.
P.S.: para descontrair e seguir no campo da analogia, aquele magrinho de regata ultra justa, assim como aquela gordinha que anda de barriga de fora poderiam ser considerados carros populares rebaixados e tunados (lembrando: isso é uma brincadeira! Se você é assim ou gosta desses carros, sorte ou problema seu...).


Modelo mediano, mas com linhas aerodinâmicas arrojadas.