Pesquisar este blog

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Creatina faz mal?

Com a legalização da venda de creatina, muitos alunos me questionaram sobre a segurança da utilização deste suplemento, pois há muitos boatos e mitos que norteiam este tema. Assim, adotando uma postura científica e evidenciando o que proponho, vou citar alguns estudos que avaliaram a ingestão da creatina e os possíveis danos à saúde dos usuários.

MAYHEW et al (2002)
Pesquisa realizada em jovens do sexo masculino que utilizaram em média 13,9 gramas de creatina/dia por 5,6 anos. Funções renais e marcadores de estresse no fígado não tiveram nenhuma diferença enrte o grupo que utilizou creatina e o grupo controle (que não utilizou nenhum suplemento). Os autores concluem que a suplementação de creatina a longo prazo não altera funções renais e hepáticas.

KREIDER et al (2003)
Sessenta e nove marcadores sangüíneos e urinários foram verificados. O estudo durou 21 meses, e a quantidade utilizada foi entre 5 e 10 gramas/dia. Após 21 meses de uso, não foram encontradas diferenças entre usuários e não-usuários nos marcadores mensurados.

SCHRODER et al (2005)
Após três anos de uso, os autores verificaram que não houve anormalidades de laboratório relacionadas à saúde renal e hepática.

Os estudos citados anteriormente são pesquisas científicas controladas e sérias e mostram que a creatina é segura mesmo quando utilizada por longos períodos de tempo e com doses mais elevadas que as tradicionalmente prescritas.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Alongar alivia dores musculares após musculação?

Quantas vezes já não ouvimos um praticante de exercícios comentar: estou com dores musculares porque não alonguei direito; OU alongue-se pra não ter lesões OU me machuquei porque não alonguei;...

A partir da década de 90 o alongamento virou uma febre quando o assunto era exercício. Era bom pra tudo. Antes, depois e durante o exercício. Curava algumas lesões, prevenia outras, diminuía dores, etc. Enfim, virou uma prática extremamente conhecida da população.

No entanto, quando um assunto ganha tamanha notoriedade perante à população, é comum que apareçam muitos sabichões sobre o suposto tema. Assim, as frases descritas no primeiro parágrafo do texto são extremamente comuns entre os praticantes de exercícios, e de tanto serem repetidas tornam-se “verdades”, apesar de não serem, como veremos abaixo.

O processo de dor muscular tardia, que é aquela dor que acontece após uma sessão de musculação, por exemplo, é derivado de respostas do sistema imunológico, que liberam uma série de subprodutos (prostaglandinas, histaminas, cininas e potássio) que acabam sinalizando a dor. Assim, a dor que sentimos está relacionada ao processo inflamatório responsável pelo reparo do tecido danificado durante o exercício.

Sabendo disso, é importante deixar claro que alongar ou não após uma sessão de musculação não vai interferir em nada no processo de reparação do tecido danificado durante o treino, sendo que o alongamento com uma intensidade muito alta pode até aumentar os danos do treino e gerar um processo de dores mais exacerbado.

Em contrapartida, sabe-se que bons níveis de flexibilidade são considerados essenciais à saúde e dessa maneira o alongamento tem grande importância em um programa de exercícios, além de proporcionar uma sensação de relaxamento ao final de uma sessão de treinos, apesar de não inibir as dores musculares proporcionadas pela atividade física. Portanto, a dica que fica é: alongue-se!